sábado, 14 de julho de 2012

SEM EXPLICAÇÃO




Dizem que uma das maiores conquistas humanas foi a invenção da escrita. Desde seu surgimento passou por inúmeras transformações e responsabilizou-se pela codificação da linguagem. Conhecemos uma variedade imensa de línguas e dialetos que compõe os mais diversos povos e culturas. Cada língua com sua gramática específica, semântica singular e muitas regras de coerência e coesão que estão postas para o estudo e compreensão dos próprios homens que a criaram.
Confesso caro leitor, é algo fantástico o mundo das palavras, mas... Existe um mundo muito mais complexo e enigmático que ser humano algum sabe explicar, nem é capaz de conhecê-lo totalmente. Os filósofos já indagaram a respeito deles desde a antiguidade, os médicos já tentaram explica-los biologicamente, a Bíblia já tentou nos explicar a  divindade que os envolve, os poetas tentam traduzi-los em palavras, as canções unidas à poesia conseguem tocá-los com suas melodias, mas não os entenderam ainda. Os psicólogos se esforçam para estudá-los e ajudar aqueles que adoecem por causa deles. Os atores tentam reproduzi-los, e os amantes tentam vivê-los da forma mais intensa possível... Talvez devido a todos esses impasses e tentativas descritivas resolveram chama-los de sentimentos...
Os sentimentos não são passíveis de explicação, as emoções ditam a semântica das coisas, sem organização ou previsão, até conseguimos denominar alguns, mas ninguém saberá traduzir à linguagem do amor, as loucuras da paixão, as sensações produzidas por um sorriso sincero, um brilho no olhar... E torna-se como mágica: ninguém sabe o segredo, a explicação, apenas apreciamos o espetáculo.




O trabalho Sem explicação de Priscila Costa foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - SemDerivados 3.0 Não Adaptada

domingo, 8 de julho de 2012

SER


Contemplar o luar sem pressa,
Perder-se nas estrelas, ou quem sabe achar-se nelas.
Apreciar o pôr-do-sol, a transformação do dia em noite,
Ser o próprio crepúsculo.
Olhar ao horizonte, encontrando-se céu e mar.
São limites infinitos, encontrando-se razão e desejo.
Sentir a brisa, o vento e a tempestade.
Sorrir, viver e chorar.
Ser sensível, dinâmico e cruel.
Ser animal, ser racional, pode até não ser.
Mas sempre ser humano.

Priscila Costa

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sábado, 30 de junho de 2012

TRANSIÇÃO



Com o tempo a gente descobre que existem coisas que simplesmente passam.
Que o amor não é eterno. E que nossos pais tem defeitos.
A gente aprende que não temos super poderes e que não podemos ser "aquilo" que pensavamos ser quando crescer.
Descobrimos que as bruxas da vida real não tem nariz grande, nem verruga. 
E que as fadas nem sempre tem rostinhos bonitos.
Os fantasmas que nos assustam são mais reais do que nossos pesadelos de criança.
Nossos sonhos? Dizem que são ilusão (mas ainda acredito neles!).
Infelizmente descobrimos que as nuvens não são de algodão, e que o algodão já não  é mais puro.
O sol agora faz mal, a chuva causa resfriado, lambusar-se de chocolate é feio e chorar não resolve mais os problemas.
As coisas perdem a graça mais rápido, os sorrisos não são sempre verdadeiros. Os abraços de proteção tornaram-se mais raros e os beijos de boa noite tornaram-se quase extintos.
Aprendi e descobri muitas coisas desde criança, mas esqueceram de ensinar-me a viver sozinha, a perder a inocência, a andar no escuro. E principalmente a viver sem amor verdadeiro.
O que me resta!?
Dizer que não desisto e que não aceito esse mundo que me dizem não ter mais jeito! 
Pode ser uma questão de escolha...

Autora: Priscila Barbosa da Costa

O trabalho Transição de Priscila Costa foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.

terça-feira, 26 de junho de 2012

QUEM ME ROUBOU DE MIM?



     Esse é o título de um dos livros do Pr. Fábio de Melo o qual tive a oportunidade de ler. Cito ele neste espaço pois  me fez realizar uma verdadeira reflexão do que seria o amor, e os seus efeitos na minha vida. Enxerguei que um sentimento bom me acrescentaria em algo, não roubaria as minhas forças, meus sonhos e desejos. Pelo contrário, me ajudaria a crescer como pessoa e quando eu olhasse pra trás veria uma árvore linda e frondosa, a qual foi regada com muito amor. E é desta forma que avalio os meus relacionamentos familiares, as amizades e os possíveis amores. Espero que vocês possam olhar um pouco para seus sentimentos também, reflitam se eles te fazem bem, afinal, não adianta regar uma árvore que já morreu. Deixo um trecho do livro pra vocês darem uma olhadinha, vale a pena ler o livro! Beijos e até a próxima.




Eu não quero que você seja eu, eu já tenho a mim.
O que quero é que você chegue 
com seu poder de chegar, e de me devolver para mim.
Que você chegue com seu dom de também me fazer 
chegar perto de mim, pra me fazer ver 
o que sou e que só você viu. 

Pra eu ser capaz de amar também o que você amou.
Eu não quero que você seja igual a mim. Eu já tenho a mim.
Não quero construir uma casa de espelhos que multiplique 
minha imagem por todos os cantos.
Quero apenas que você me reflita melhor do que julgo ser.

Pe. Fábio de Melo, “Quem me roubou de Mim?”

sábado, 2 de junho de 2012

TEMPO

Devido ao tempo, eu acabei abandonando meu cantinho... Resolvi arranjar um tempo para expressar-me novamente! Então amigos, voltarei a tona, colocando sempre que possível algo de novo provavelmente uma vez na semana. Já que o tempo, foi o motivo para essa lacuna, fica aí uma reflexão sobre ele. Espero que tenham tempo para ler...

TEMPO?

As vezes temos a sensação de que o tempo é corrido demais, nesses dias o estresse é quem controla os ponteiros do relógio.
Existem momentos que parecemos parar no tempo, e esses geralmente são maravilhosos... Tem dias que o tempo não para, mas anda lentamente, esses são os mais anciosos...
Há aqueles momentos que o tempo não tem força para apagar, esses são eternos e carregados de emoções fortes, vencem o tempo .  
Tem dia que temos tempo pra tudo, mas não fazemos nada.
Existem dias que gostariamos que tivessem quarenta e oito horas... Pois temos muito o que fazer!
Uma vida pode ser muito tempo, mas em pouco tempo  pode se ir uma vida...
Se o tempo é real, dinheiro, ou apenas uma invenção eu ainda não sei... O que sei é que o que chamamos de tempo não poderá ser controlado, nem comprado, apenas vivido e sentido.
Pois mais importante que o tempo, são os sentimentos, os momentos, as pessoas...

autora: Priscila Barbosa da Costa

O trabalho Tempo de Priscila Costa foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição - SemDerivados 3.0 Não Adaptada.